quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

Bélicas e... Lésbica


A palavra é a arma que possui maior poder. Tal como uma espada de dois gumes, esse poder, tanto pode ser destrutivo, como construtivo, dependendo para isso da mão que a empunhe, se for guiada pela razão, pelo instinto, ou... pelo sonho.
As palavras do título parecem totalmente desaparentadas, sobretudo se prestarmos atenção unicamente à semântica, contudo, se as "debulharmos" convenientemente, iremos concluir que não é tanto o parecer, como o ser.
Vejamos:
-Ambas as palavras são constituídas por 7 letras iguais.
-Ambas as palavras são trissilábicas
-Ambas as palavras são esdrúxulas
-Ambas as palavras são plural
Ah malandro - dizem as vossas vozes em uníssono, só bélicas é plural, lésbica é singular.
Engano vosso contraponho, é a ordem que vos está a pregar uma rasteira, pois a segunda palavra é tambem plural, somente encontra-se travestida, ou melhor alienada das regras gramaticais, por isso, em lésbica, o "s" que determina a pluralidade, saltou para o final da primeira sílaba.
Esclarecidos estes cinco pontos, voltemos a nossa atenção para a etimologia. Neste aspecto, afirmo tambem que, para além da mesma constituição, bélicas e lésbicas, possuem a mesma origem, mais, possuem ambas o mesmo significado, ou seja, pretendem ambas atingir o mesmo fim... a conquista pela submissão.
Parvo não! Ao menos deixem-me concluir, por favor. Ora!
Convido-vos então a observar o lado prático aquele onde as duas palavras se descobrem, onde se mostram tal como na realidade são.
Atendendo ao significado de bélicas, damos de nariz com guerra, nesse panorama, encontramos armas, confronto, luta. Este podemos considerar o lado oculto do significado da palavra, ou seja, as armas só se revelam só se utilizam na sua máxima expressão, só se faz uso do seu poder, em cenário de luta, de confronto. Fora isso, as armas são exibidas como argumento de poder, de força, de domínio, em paradas militares.
Olhando para lésbicas, do mesmo ponto de análise, encontramos precisamente confluência nos mesmíssimos aspectos.
A lésbica faz uso de todo o seu poder "bélico" no local oculto onde a batalha se desenrola, aí ela seduz, conquista, domina, inflige a derrota ao adversário, exibindo a máxima expressão dos seus atributos. Fora isso, exibem-se em parada quando desejam lutar pelos seus direitos à igualdade social.
Todo este arrazoado, para quê? Perguntam vocês meio-desconfiados.
Para vos pervenir, para vos aconselhar cautelas.
Soube o caso de dois fulanos, que me levaram a escrever este post.
Um deles foi assaltado por um fulano que lhe apontou uma arma na qual por sorte, se tinha esquecido de colocar balas. Resultou este assalto em que o assaltado tivesse ganho algumas escoriações, mas não tivesse perdido o carro.
O outro fulano, foi seduzido por uma belíssima mulher, que, ao entrar própriamente na parte do encontro corpo-a-corpo, o surpreendeu por uma "arma" que até ali se encontrara "guardada". A este, tambem lhe valeu o encontro algumas escoriações, mas... salvou-se a virgindade anal... segundo reza a estória oficial!?.

9 comentários:

inespimentel disse...

Ai Bartolomeu, andei na crista das tuas dissertações sem saber bem como apanhar a onda...
Acho a palavra lésbica feia, encerra uma negatividade, para mim, que já o facto de uma mulher sentir amor e atracção por outras mulheres não não tem.
Sabemos que uma mulher é bélica pela observação das relações que estabelece à sua volta... já uma mulher lésbica só se ela nos quiser expôr a sua intimidade, a sua sexualidade! Poderá fazê-lo por provocação, coragem ou qq outra coisa! Mas se o quiser guardar para si acho muito bem... a sexualidade é coisa muito íntima cada um leva-a como e por onde quer, não achas?
Só para dizer qq coisa que se calhar isto nem vinha a propósito!

Bartolomeu disse...

Vem total e completamente a propósito Inês.
Apesar de o contexto não ser referente às sexualidades de uma forma específica.
Na realidade e, apesar de poder não parecer, o sentido é mesmo o da próximidade das duas palavras e sobretudo da força que a palavra pode ter.
objectivo conseguido????
;)))

claras manhãs disse...

Completamente conseguido.
Mas não estou totalmente de acordo com a Inês.
Lésbica só contém negatividade, porque lhe foi dada essa carga, apesar de ser uma palavra agressiva, tal como bélicas, por terem o 'é' aberto na primeira sílaba.
A grande diferença entre o português e o brasileiro, é a pronuncia ou o cantar brasileiro que adoça a língua
Os brasileiros dizem léésbicas, béélicas, e faz toda a diferença.
Não que quisesse a pronúncia deles.
Estou pr'áqui a pensar alto, desculpa Bartolomeu

Bartolomeu disse...

Ahahahah
Adoro "ouvir-te" pensar alto Minucha.
Podemos então numa primeira análise, concluir com a máxima certeza que a palavra tem, efectivamente a força da vontade, aliada à do pensamento?!

Rosa dos Ventos disse...

Ai, Bartô!
As coisas que tu sabes e que explicas tão bem!
Quase só falta o desenho! :-))

Abraço e livra-te de armas escondidas...

claras manhãs disse...

risos
Ah, pois podemos!

Bartolomeu disse...

Não sei Rosinha!!!
Ando a tentar descobrir!!!
;)))))
Certa altura conheci um fulano peculiar. Peculiar no seguinte aspecto, não sei se noutros tambem, mas pelo menos neste: Ele era achador e coleccionador de moedas antigas, até aqui, nada de especial, deve haver centenas, ou até milhares de outros. A peculiaridade do meu amigo, é que ele chegava a um terreno, dava meia dúzia de voltas e automáticamente encaminhava-se para o local onde se encontrava uma ou mais moedas enterradas. Passava-se o muro num muro antigo, por exemplo. Achava-lhe um piadão porque ele fazia aquilo como se fosse a coisa mais natural do mundo.

Bartolomeu disse...

em lugar de um muro no muro, deves ler : o mesmo num muro
;)))

Bartolomeu disse...

Podemos tantas coisas, não podemos Minucha!?
O interessante é que desconhecemos a maior parte daquilo que podemos. Diz-se que se pode tanto quanto se acredita. Acho razoável esta condicionante.
Se assim não fosse, era um fartar vilanagem.
;))))))))